segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Como estimular seu bebê .


Os primeiros anos de vida do bebê são extremamente ricos em experiências, que refletirão intensamente no seu desenvolvimento. Isso porque, após o nascimento , o cérebro do bebê já contém 100 bilhões de neurônios, os mesmos encontrados num cérebro adulto. Os neurônios criam trilhões de conexões/ sinapses garantindo uma capacidade de aprendizado rico em experiências e adaptação a novas condições, essa habilidade se chama plasticidade cerebral.
A relação dos pais com o seu filho (a) auxiliam as habilidades naturalmente através do cotidiano por meio de uma conversa, canto/ música, massagem, uma demonstração de carinho e brincadeiras. Além de estimular esse contato reforça o vínculo
afetivo, criando um ambiente acolhedor. É importante aproveitar todas situações para criar oportunidades propícias para o estímulo, experiências variadas corporais.
Respeite o ritmo de desenvolvimento do seu filho (a) e favoreça as habilidades do bebê/ criança.


Veja como:


0 a 2 meses: Nessa fase o bebê não interage com brinquedos, mesmo não segurando por muito tempo um chocalho leve, estimule o reflexo de preensão. Use estímulos sonoros com música e móbiles no berço, carrinho ou tapetes específicos para estimulação com contrastes de cores. Os pais também podem brincar de serra-serra serrador, esticando os cotovelos e dobrando-os para estimular o controle de cabeça;


2 a 4 meses: Deixe a
criança de bruços, com o auxílio de um lençol dobrado em forma de rolo. Ofereça brinquedos de diferentes cores e texturas para que haja interesse em explorar o objeto, como bonequinhos de plástico, mordedores de tecido, livrinhos de pano e plástico. Incentive a criança a rolar mostrando um objeto, um brinquedo sonoro ou chamando-a;

4 a 6 meses: Nessa fase a criança quer explorar melhor o ambiente, aumentando

o campo visual, senta-se com apoio nas costas e necessita de brinquedos a sua frente (que imitam sons dos animais, formas geométricas como bolas e cubos) para que alcance o objeto e fortaleça a musculatura das costas e abdômen. Também é interessante brincar de joão bobo na frente do espelho, desequilibrando a criança para que treine reações de equilíbrio, fortaleça musculatura dos braços e favoreça sua imagem corporal;


6 a 8 meses: Brinquedos que estimulem a criança a sentar-se sozinha numa superfície plana e com almofadas ao lado caso se desequilibre. Pode-se estimular com brinquedos de empilhar, encaixar, brinquedos bem barulhentos (telefones e pianinhos) e também durante o banho, aproveitando-se para fortalecer a musculatura das costas em diferentes situações do cotidiano. Quando sentada, chame a criança por trás para que gire o tronco, preparando-a para engatinhar;
8 a 10 meses: Estimule a engatinhar, colocando um lençol embaixo dela de bruços e puxe-o imitando o engatinhar. Também é indicado estimular o bebê a se levantar, dando apoio com as mãos para fortalecer a musculatura das pernas. Ofereça brinquedos de encaixe e incentive a coordenação motora fina, a segurar na ponta dos dedos;


10 a 12 meses: Brinquedos apropriados para empurrar, visando se deslocar desperta interesse nessa faixa etária. Evite o uso de andadores circulares, pois prejudicam a aquisição do andar. Estimule com brinquedos que abrem e fecham, encaixe de objetos dentro de casinhas e brinquedos de empilhar.


Mais do que se preocupar em estimular crie um ambiente harmonioso e divirta-se em família!

Shantala, o Toque que Traz Vida .

É comum o adulto receber massagem para relaxar das tensões cotidianas, mas a massagem não é só um privilégio dos adultos. Ela também é importante para os bebês. Na Índia, faz parte da cultura massagear os bebês e crianças através dos movimentos da Shantala.
Shantala é uma massagem indiana milenar, tão antiga que não se sabe precisar a sua origem. É muito comum na Índia encontrar nas ruas e praças públicas as
mães massageando os seus bebês, como num hábito cotidiano de cuidado e carinho. E foi assim, ao acaso que a massagem foi descoberta pelo médico ginecologista e obstetra francês, Dr. Frédérick Leboyer. Numa de suas viagens a Índia, ele avistou uma jovem mãe massageando o seu bebê numa rua de Calcutá. Maravilhado com a cena, pediu que a mãe se deixasse ser fotografada. Na década de 70 o livro foi publicado no ocidente e a massagem que até então não tinha nome, recebeu o nome de Shantala, esse era o nome da jovem mãe.
Desde então, Shantala vem se tornando cada vez mais popular, por proporcionar relaxamento e bem estar ao bebê.
A massagem consiste em movimentos lentos, suaves compressões e alongamentos passivos por todo o corpo do bebê, tais como: peito, braços, mãos, barriga, pernas, pés, costas e rosto.
Mais do que uma simples técnica de massagem, Shantala é uma forma dos pais transmitirem amor através das mãos para os bebês. O toque é o primeiro tipo de comunicação do bebê e através dele se sentirá amado e protegido. O bebê é um espelho e devolverá a sua imagem, seja de liberdade ou de tensões.
O toque traz a lembrança intra-útero, o tato esse órgão do sentido começa a se desenvolver na décima sexta semana gestacional e é muito vivenciado pelo bebê, pois é tocado pelas estruturas do útero da mãe e nas carícias que a mãe faz na barriga. Ao ser tocado após o
nascimento, o bebê se lembra daquela sensação de segurança e sente-se protegido.
O contato através da Shantala também é importante para formação da imagem corporal do bebê, pois através dos movimentos da massagem ele descobrirá o seu tamanho, força, flexibilidade, e o seu próprio corpo (pernas, mãos, pés) e o espaço que o seu corpo ocupa. Através do toque proporcionado na massagem o bebê passará a conhecer melhor o seu corpo e explorará mais o ambiente adquirindo uma melhor consciência corporal.
Shantala além de fortalecer o vínculo
afetivo, é muito procurada pelas mães por promover melhor qualidade do sono, melhor funcionamento gastrointestinal minimizando cólicas, gases e prisão de ventre, estimula resistência imunológica, reduz estresse, amplia respiração e auxilia no desenvolvimento neuropsicomotor.
A massagem é realizada com o bebê desnudo, sobre as pernas estendidas da mãe, num local tranqüilo e aquecido com música opcional. Pode-se usar óleo de origem vegetal para facilitar o deslizamento das mãos. A aplicação dura de 15 a 30 minutos, dependendo da idade do bebê e aceitação ao toque. A partir de 1 mês de vida os bebês já podem receber Shantala, respeitando-se apenas a cicatrização umbilical.
Permita-se encontrar esses momentos diários de contato com o bebê, alimentando-o através do toque.
"Sim! Os bebês tem necessidade de leite.Mas muito mais de ser amados e receber carinho.Ser levados, embalados, acariciados, pegos, massageados. Constitui para os bebês, alimentos tão indispensáveis, senão mais, do que vitaminas, sais minerais e proteínas." (Leboyer)









Denise Gurgel Barboza Fisioterapeuta

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O que não pode faltar na creche

"Para que as turmas de 1 a 3 anos se desenvolvam plenamente, é preciso conhecer as características de cada faixa etária e garantir que algumas experiências essenciais façam parte do planejamento. Saiba como trabalhá-las e por que são tão importantes"




BRINCAR





BRINCAR Brinquedos com peças de montar, encaixar, jogar e empilhar possibilitam desafios. Foto: Diana Abreu




Por que Embora a brincadeira seja uma atividade livre e espontânea, ela não é natural, mas uma criação da cultura. O aprendizado dela se dá por meio das interações e do convívio com os outros. Por isso, a importância de prever muito tempo e espaço para ela. "Temos a capacidade de desenvolver a imaginação - e é essa habilidade que o brincar traz", diz Zilma de Oliveira, da Universidade de São Paulo (USP). O que propor Uma das primeiras brincadeiras do bebê é imitar os adultos: ele observa e reproduz gestos e caretas no mesmo momento em que acontecem. Com cerca de 2 anos, continua repetindo o que vê e também os gestos que guarda na memória de situações anteriores, tentando encaixá-los no contexto que acha adequado. Tão importante quanto valorizar essas imitações é propor ações físicas que possibilitam sensações e desafios motores. "É pela experimentação que a criança se depara com as novidades do espaço, sente cheiros e percebe texturas, tamanhos e formas", explica Ana Paula Yasbek, coordenadora pedagógica da Escola Espaço da Vila, em São Paulo.



Alguns brinquedos também fazem sucesso nessa fase. Os mais adequados são os de peças de montar, encaixar, jogar e empilhar, além dos que fazem barulho. É preciso ter cuidado com a segurança e só usar objetos maiores do que o tamanho da boca do bebê quando aberta. Para um trabalho eficiente, uma boa estrutura é essencial. Isso inclui ter material suficiente para que todos consigam compartilhar e um bom espaço de criação. "Os ambientes devem ser convidativos e contextualizados com a história que se quer construir", diz Ana Paula. Uma área ao ar livre, mesmo que com poucas árvores, vira uma grande floresta. Uma sala bem cuidada, rica em cores e com variedade de brinquedos e estímulos igualmente possibilita momentos criativos, prazerosos e produtivos.








BRINCAR Momento de construir histórias (à esq.) e perceber formas (no centro) e texturas (dir.). Fotos: Marcos Rosa e Diana Abreu








Linguagem oral


Por que trabalhar Quando o bebê se expressa com gritos ou gestos, ele tem uma intenção. "Mesmo os que têm pouco vocabulário ou que ainda não falam com desenvoltura estão participando da atividade comunicativa de forma competente e correta", diz Maria Virgínia Gastaldi, Editora de Educação Infantil da Editora Moderna. Para que a linguagem oral se desenvolva, cabe ao professor reconhecer a intenção comunicativa dos gestos e balbucios dos bebês, respondendo a eles, e promover a interação no grupo.








LINGUAGEM ORAL Gestos (à esq.), diferentes expressões faciais (dir.), balbucios e gritos dão início à fala. Fotos: Marcos Rosa e Diana Abreu


O que propor: Desde muito cedo, cantigas de roda, parlendas e outras canções são meios riquíssimos de propiciar o contato e a brincadeira com as palavras e de estimular a atenção a sua sonoridade. "O burburinho das conversas entre os pequenos, falando sozinhos ou com os outros, é riquíssimo. Não se admite mais a idéia de manter a sala em silêncio, com aparência que está tudo ‘sob controle’", diz Regina Scarpa, da FVC. As rodas de conversa, feitas diariamente, são uma oportunidade de praticar a fala, comentar preferências próprias e trocar informações sobre a família. Nessa situação, há a interação com os colegas e aprende-se a escutar, discutir regras e argumentar. Quanto menor for a faixa etária do grupo, mais necessária será a interferência do educador como propositor e dinamizador dos diálogos.

MOVIMENTO

Por que trabalhar O movimento é a linguagem dos pequenos que ainda não falam e continua sendo a maneira de se expressar daqueles que já se comunicam com palavras. "O pensamento é simultâneo ao movimento e, por isso, não se pede que eles fiquem sentados ou quietos por muito tempo. Evitar que se mexam é o mesmo que impedi-los de pensar", explica Maria Paula Zurawski, assessora de Educação Infantil da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. Portanto, quanto mais o professor incentivar o movimento, maior será o aprendizado de cada um sobre si mesmo e o desenvolvimento da capacidade de expressão.





MOVIMENTO Livres sobre colchões, os bebês podem andar e passar por obstáculos, como bambolês (esq.). Na creche, os pequenos vão conhecendo os limites do corpo e as conseqüências das ações (dir.). Fotos: Marcos Rosa




O que propor: O bebê precisa participar de atividades que ampliem o repertório corporal para que percorra um caminho de gradativo controle dos movimentos até conseguir se levantar e andar. Aos poucos, ele passa a ter consciência dos limites do corpo e da conseqüência de seus movimentos. São situações indicadas para o amadurecimento motor passar por obstáculos como túneis, correr e brincar no escorregador. Os espaços da creche devem ser desafiadores e, ao mesmo tempo, seguros. São ambientes propícios para as atividades desse tipo tanto o pátio como a sala. Ali, são colocados bancos ou caixas que sirvam de apoio para os que estão começando a andar e ficam distribuídos brinquedos de equilíbrio. Enquanto a turma se mexe para lá e para cá, não se perde um lance. Um educador atento sabe quando um suspiro revela cansaço ou uma careta demonstra algum desagrado.



ARTE




Por que trabalhar A música e as artes visuais são dois meios de os pequenos entrarem em contato com o que ainda não conhecem. Nessa fase, as linguagens se misturam e um mesmo objeto, como um giz de cera, pode ser usado para desenhar ou batucar. "Aqueles que têm oportunidade de participar de atividades nessas áreas certamente desenvolvem mais a capacidade cognitiva", diz Silvana Augusto, formadora do Instituto Avisa Lá.O que propor Quanto mais variadas as experiências apresentadas, maior a garantia de qualidade no desenvolvimento do grupo. Escutar sons, como os produzidos por batidas em várias partes do próprio corpo e pela manipulação de objetos, ouvir canções de roda, parlendas, músicas instrumentais ou as consideradas "de adulto" faz a diferença nessa fase. Além de ouvir e repetir um repertório já conhecido, a turma deve ser orientada a improvisar e criar canções, brincar com a voz, imitar sons de animais e confeccionar instrumentos. "A música contribui para um desenvolvimento pleno e harmônico, já que incide diretamente na sensibilidade, na expressão e na reflexão", afirma Teca Alencar de Brito, co-autora do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Da mesma maneira, o ideal são atividades de artes visuais diversificadas. Uma boa prática inclui desenhos - e não o preenchimento de modelos prontos -, pinturas ou esculturas usando diversos materiais e possibilitar o contato com novos recursos visuais para ampliar as referências artísticas. As produções da classe ficam à disposição para que sejam observadas e comentadas e para que cada um reconheça o que é de sua autoria.

IDENTIDADE E AUTONOMIA



Por que trabalhar O bebê nasce em uma situação de total dependência e, pouco a pouco, necessita se tornar autônomo. "Enquanto adquirem condições para realizar ações, as crianças começam a saber das conseqüências de suas escolhas", explica Beatriz Ferraz, coordenadora pedagógica do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária, em São Paulo. Autonomia e identidade se desenvolvem simultaneamente e, mesmo num ambiente coletivo, é preciso dar atenção individualizada às crianças.


AUTONOMIA Escolher o que gosta e aprender a se alimentar sozinho é caminho para se tornar independente (esq.). IDENTIDADE Painéis de fotos são úteis para que cada um se reconheça e encontre os colegas (dir.). Fotos: Marcos Rosa



O que propor As melhores experiências são as pautadas pelo relacionamento com os outros e pela demonstração de preferências. "Se a criança não tem opção, como vai decidir?", diz Cisele, do Avisa Lá. É essencial oferecer possibilidades - na hora da brincadeira ou da merenda, por exemplo - para que os pequenos sejam incentivados a se conhecer melhor e a optar. Ao servir os alimentos sem misturá-los, o educador permite a cada um identificar aquilo de que mais gosta. Oferecer a colher para que todos comam sozinhos também é primordial. Por meio da observação, uns aprendem com os outros. Mesmo que no começo façam sujeira e demorem para se alimentar, aos poucos adquirem a destreza do movimento. A organização do ambiente em cantos de atividades é outro meio de favorecer o exercício de escolha, já que cada um define onde brincar, com quem e por quanto tempo. Para ajudar na construção da identidade, cabe ao educador chamar cada um pelo nome e ressaltar a observação dos aspectos físicos individuais. "Colocar grandes espelhos nas salas, ter fotos de cada um junto dos cabides em que penduram as mochilas, identificar as pastas com o nome e um desenho, por exemplo, são ótimas maneiras de estimular a atenção para as próprias características e fazê-los perceber a diferença e semelhança em relação aos colegas", diz Cisele.




domingo, 15 de novembro de 2009

Distinguir entre certo e errado e agir segundo princípios éticos depende do desenvolvimento da cognição e da afetividade de crianças e jovens.







Não há pais ou professores que não abram um sorriso de satisfação ao receber um elogio sobre a boa educação dos filhos ou dos alunos. A sensação de dever cumprido despertada nessas ocasiões é fácil de entender. Afinal, pelo senso comum, são eles os grandes responsáveis por garantir que crianças e adolescentes tenham uma vida social saudável e colaborem para a harmonia dos grupos dos quais fazem parte. De fato, pais e mestres são figuras centrais no desenvolvimento moral, ou seja, no julgamento que a criança tem sobre o que é certo ou errado. Mas, na prática, o verdadeiro protagonista desse amadurecimento é ela própria, que constrói desde cedo um conjunto de valores pessoais. E, mais importante ainda: é ela quem também toma decisões frente aos dilemas morais que encontra no dia a dia. Nesse processo, o senso de justiça é um dos principais aspectos a serem desenvolvidos. Ele foi tema de estudo do suíço Jean Piaget (1896-1980), que, com base em pesquisa sobre a forma como os pequenos lidam com as regras em situações de jogos e dilemas morais, constatou que a construção do sentido de justo e injusto tem ligação com o desenvolvimento cognitivo. Segundo ele, as crianças passam por diferentes tipos de compreensão em relação às regras. Conforme amadurecem, obtêm cada vez mais condições de se relacionar com elas de maneira crítica. Assim, constituem uma moral dita autônoma, pela qual passam a considerar a intencionalidade dos atos. Nos primeiros anos de vida, os pequenos vivem um período de iniciação às regras e precisam da intervenção constante de um adulto que os oriente sobre o que é aceitável – não morder o irmão e não bater nele, pedir um biscoito ao dono do pacote em vez de tomá-lo etc. "As regras existem para regular a relação entre as pessoas", diz Nelson Pedro-Silva, professor de Psicologia do Desenvolvimento da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), campus de Assis. "Todos nós abrimos mão de alguns desejos em vista de viver em sociedade, fato que a criança deve enfrentar desde cedo para que possa compreendê-lo."













"Aqui na creche tem uma regra: não subir no poste da quadra." Mileva, 5 anos


"E por que não pode subir?" Repórter


"Porque a gente pode cair e quebrar a cabeça." Mileva


"E mesmo assim vocês fizeram isso?" Repórter


"É porque a gente pensava que não tinha regra." Mileva





Conhecendo regras, os pequenos adquirem um primeiro repertório para atuar em grupo, mas não refletem sobre elas. Eles as cumprem porque respeitam uma autoridade (pais, professores, o porteiro do prédio, o primo mais velho) e não necessariamente porque concordam com elas. Se, por exemplo, uma criança da Educação Infantil souber que é proibido jogar objetos nos outros ou subir nos postes da quadra da escola (veja os diálogos da primeira imagem e do quadro acima), ela provavelmente não fará isso por temer uma reprimenda e não porque pensou sobre esses atos e suas consequências. Trata-se, assim, de uma moral dita heterônoma. "É fundamental, porém, que ela seja orientada a agir de maneira cooperativa em relação ao outro, mesmo quando ainda não consegue se conscientizar da importância disso", pondera Pedro-Silva.
Como ainda não tem condições de analisar regras, a criança se relaciona com elas pelo respeito à autoridade.
Dessa forma, por exemplo, num conflito em que um menino não deixa o outro participar de um jogo, porque este bate nos colegas e estraga a partida quando está perdendo, é importante que o professor faça uma mediação. Ele pode promover a escuta do garoto que foi excluído da brincadeira e do que teve seu jogo arruinado. Assim, pode-se chegar a um acordo para que ambos cooperem e possam jogar juntos a forma de pensar deles é, com isso, desafiada. O mesmo vale para os adolescentes. Em conversas orientadas, eles podem conhecer a perspectiva do outro e, assim, avançar na construção dos valores morais e da autonomia. É fundamental aproveitar situações que geram desequilíbrios na forma de pensar das turmas. A moral também está ligada aos sentimentos e às emoções Segundo Piaget, o desenvolvimento moral e, mais ainda, as ações relacionadas a ele dependem de uma espécie de "energia motora" para que ocorram: a afetividade. Esse aspecto ganhou cada vez mais espaço nas pesquisas e, hoje, o desenvolvimento de questões ligadas a sentimentos e emoções ocupa o primeiro plano nos estudos sobre a moralidade. Esse novo olhar teve início com as pesquisas da americana Carol Gilligan, que chamou a atenção para uma forma de desenvolvimento da moralidade definida como ética do cuidado, a qual se centra na capacidade de pensar na saúde das relações entre as pessoas. Com isso, distinguir o justo do injusto passou a ser visto como apenas um dos muitos aspectos do desenvolvimento moral da criança e do adolescente. A nova perspectiva ampliou as pesquisas para o desenvolvimento psíquico de outras virtudes, como a generosidade, a compaixão e a lealdade.









"Quando eu vejo alguém fazendo uma coisa que não pode, eu não conto. Eu guardo aqui na minha caixinha de histórias (apontando para a cabeça)." Caio, 5 anos


"E por que você prefere não contar?" Repórter


"Porque é muito feio falar. A pessoa leva bronca." Caio


"Mas o certo não é obedecer à regra?" Repórter


"Você iria achar legal levar uma bronca se fosse com você?" Caio





Distintas dos aspectos cognitivos, essas virtudes podem ser a chave para entender por que mesmo um garoto pequeno, como Caio, 5 anos, que demonstra ainda não se guiar por uma moral autônoma, assume a postura de não delatar os amigos quando eles infringem uma regra (leia o diálogo acima). "O desenvolvimento moral é um sistema dinâmico, um processo não só cognitivo, como afetivo, social e cultural", diz Ulisses Araújo, docente da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (USP), campus Leste. "Por mais críticos e conscientes que jovens e adultos sejam em relação à moralidade, ninguém escapa de oscilar entre a moral heterônoma e autônoma em seus atos."
A afetividade tem relação direta com a construção de valores e com a forma de agir frente a dilemas morais.






"No futuro eu quero ser desembargador. Gostaria de mudar as leis. A gente vê um monte de injustiças. Por exemplo, quando tem um arrastão e os ladrões não são pegos, enquanto uma pessoa que rouba um pão, porque tem fome, acaba ficando muito tempo na cadeia." Lucas, 12 anosReprodução/Agradecimento Escola de Aplicação da Universidade de São Paulo (USP)

De fato, distinguir o certo do errado não implica necessariamente em agir conforme seu juízo. Afinal, não há criança nem adulto que paute todos os seus atos por convicções morais (veja abaixo a justificativa de Guilherme, 16 anos, para uma possível mentira). Como entender então essa discrepância entre pensar e agir? "Não basta saber discernir e compreender as razões implicadas em determinada ética ou moral", pondera a psicóloga Vanessa Lima, docente da Universidade Federal de Rondônia (Unir). "Para ter ações morais, é preciso ser movido por uma vontade e um desejo morais que guiem aquela conduta." Outro aspecto que influencia uma ação moral, segundo Vanessa, é a representação que a criança ou o jovem têm de si próprio. "Se um adolescente, por exemplo, considera central a questão da honestidade em sua personalidade, ele provavelmente se guiará mais por esse valor do que por outros tidos como periféricos na visão que tem de si mesmo", explica (confira acima o desenho e a fala de Lucas, 12 anos).
"Se é uma coisa que eu quero muito fazer e que eu julgo não ser algo errado, não vejo tanto problema em mentir (para pais ou professores). É uma reação a uma regra imposta e com a qual eu não concordo." Guilherme, 16 anos
Todos esses aspectos apontam para um longo processo de construção da moralidade, que começa na infância, se intensifica na adolescência e continua pela vida toda. Dessa forma, deve ser deixada de lado a ideia de que uma criança ou um jovem têm boa ou má índole. "O ser humano é complexo, e reduzi-lo ao inatismo é desconsiderar suas potencialidades", diz Vanessa. "Se fosse assim, teríamos apenas que fazer julgamentos precoces dos indivíduos que têm potencial para dar certo e errado." Crianças e jovens sempre poderão se aproximar dos princípios éticos. Basta que tenham suas convicções suficientemente postas em xeque.
Para construir a moral autônoma, o adolescente precisa de situações que desafiem seu modo de pensar.

* Os desenhos e os diálogos publicados nesta reportagem são de crianças da 5ª série do ensino fundamental e do 2º ano do ensino médio da Escola de Aplicação e de turmas de 5 e 6 anos da Creche Central da Universidade de São Paulo (USP), em São Paulo, SPConsultoria de Maria Thereza Costa Coelho de Souza, professora do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP)

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

NÚMERO 2 --- Falar de xixi, cocô, pum e afins é divertido para seu filho. Sem repressão, a fase passa logo.

Por volta dos 2 ou 3 anos, muitas crianças adoram falar o que pra gente parece besteira. Mas é a besteira do mundo deles, claro: xixi, coco, pum... É só falar disso e eles caem na risada. A gente é que estressa, fica incomodado, cheio de pudores, como se essas palavras tivessem para eles o mesmo peso que têm pra nós. Relaxa. É uma etapa normal do desenvolvimento infantil que, quando vivida numa boa, sem problemas e repressões, logo passa.
Geralmente isso acontece quando os pequenos começam a tomar consciência de que possuem o controle do esfíncter e que o xixi e o cocô são de sua autoria, o que fazem com que eles se sintam todo-poderosos. Esquisito? Mas é assim que acontece. Afinal, agora cabe a eles decidir quando e se vão segurar ou soltar suas produções, que para eles são valiosíssimas.

Os psicanalistas dizem que o cocô é a primeira obra de arte do bebê. Pois é. Diferentemente de nós, adultos, eles não o vêem como algo sujo e fedorento. Isso eles aprendem mais tarde. É por isso que, vez ou outra, aparece uma história de criança que deu de presente pro pai, pra mãe ou pra alguém da família o seu próprio cocô. Quer presente mais lindo? Para eles é lindo mesmo, uma parte de si mesmo, a extensão do próprio corpo.


A família, lógico, também fica feliz com a conquista dos filhos de ir ao banheiro sozinhos, usar o peniquinho, não fazer mais xixi na calça etc.
E eles percebem essa satisfação toda, o que só contribui para que o interesse pelo assunto fique maior ainda. Junto com a descoberta do controle do esfíncter eles também descobrem que podem controlar outras coisas; muitas crianças, nessa fase, começam a se mostrar mais voluntariosas, obcecadas por organização, cheias do “eu quero isso”, “eu quero aquilo”. É normal: o “eu” passa a se tornar mais presente nas frases mesmo.
Esse é um momento importante do desenvolvimento das crianças; é através dessa sujeira toda que elas expressam uma agressividade que faz parte de seu imaginário. Para elas, falar de xixi e cocô é falar de coisa feia, suja e proibida. E falar do proibido é quase como uma aventura, sempre divertido. Os pais devem encarar essa fase da forma mais natural e tranqüila possível, respeitando a criança e sem apavorar. Claro que, de vez em quando, é inconveniente, seu filho pode fazer você pagar um mico, aí vale uma conversa. Tem certas coisas que a gente não pode sair falando por aí, pra todo mundo... Mas entenda que é uma agressividade saudável, afinal, xixi e cocô não machucam ninguém.
Lá pelos 5 anos, quando a criança se acostuma com a rotina de ir ao banheiro, falar disso já não vai mais ter tanta graça, passa a ser visto como algo mecânico do dia-a-dia, como é pra gente. Isso geralmente coincide com a entrada da criança num mundo mais formal, cheio de novidades e outras conquistas, especialmente na escola. Com tantos novos interesses, ela já não acha tanta graça em xixi e cocô...


Consultoria: CIBELE MILAGRE, é psiquiatra e psicanalista.

QUE SONINHO BOM - Criança não gosta de dormir. Acha que está perdendo tempo de brincar. Ao mesmo tempo, começam a dar defeito, quando estão com sono.

Por que será que toda criança luta contra o sono? Dormir é tudo de bom! Pena que os pequenos lutem, durante uma determinada fase, contra o terror noturno, o medo de ficarem sozinhas no quarto... E, depois, quando maiores, inventam mil e uma histórias para não irem para a cama.



TODOS OS DIAS ELES INVENTAM UMA DESCULPA NOVA PARA NÃO DORMIR, É SÓ FALAR EM ESCOVAR OS DENTES, FAZER PIPI E IR PARA A CAMA, AUTOMATICAMENTE VEM A FOME, O DEVER QUE ESQUECEU, O LIVRO QUE TEM DE LER PARA AMANHÃ, ISSO FORA A DOR DE BARRIGA, O ENJÔO E AS MILHARES DE DESCULPAS PARA NÃO DORMIR.



Sem contar as conversas, sempre muito sérias, que só acontecem na hora de dormir. É nesse momento que surgem as brigas e desobediências.

Tem uma hora que vence a validade de pai e mãe. Precisam ter um tempo pra eles, sem crianças. Fora que é fundamental criança ter rotina, criança sem rotina enlouquece qualquer ser humano.

Sempre achamos que as coisas só acontecem com a gente. Mas, em todos os lares, o "drama" para colocar para dormir se repte. Claro que pode ser melhor ou pior, mas pode ter certeza de que o mecanismo é o mesmo.

Toda crinaça inventa moda na hora de dormir. Ai, se eles soubessem como é maravilhoso !

Criança não gosta de dormir. Acha que está perdendo o tempo de brincar. Ao mesmo tempo, começam a dar defeito, quando estão com sono.

O mecanismo do sono infantil é muito engraçado: ele podem estar exaustos, mas não se entregam. Cada criança reage de uma maneira, isso, claro, falando dos pequenos. Uns choram, outros começam a fazer pirraça, outros coçam os olhos. MAs quem disse que se entregam!




Olivia Bernardes; idealizadora e coordenadora do curso Marinheira de Primeira

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

DICAS PARA GESTANTES - DO SEXTO AO NONO MÊS LUNAR.

SEXTO MÊS LUNAR ---> O QUE VOCÊ DEVE FAZER ESTE MÊS:

1. Inscreva-se em um curso de preparação para o parto.

2. Passe loção ou creme umectante na barriga para minimizar as coceiras causada pelo estiramento da pele.

3. Coma pouca gordura e exercite-se regularmente para evitar ganho excessivo de peso.

4. Previna câimbras nas pernas e dores nas costas.

5. Mude de posição para melhorar a circulação e evitar a sensação de formigamento nas mãos e nos pés.

6. Eleve a perna para reduzir a probabilidade de inchaço dos pés e tornozelos.

7. Evite infecções no aparelho urinário.

8. Reduza o desconforto causado pela hemorróida.

9. Certifique-se de que seu consumo de cálcio e proteínas é adequado para sustentar o crescimento de cérebro do bebê e de seus ossos.

10. Controle cuidadosamente a exposição ao sol, usando filtro solar quando estiver ao ar livre.


SÉTIMO MÊS LUNAR ---> O QUE VOCÊ DEVE FAZER ESTE MÊS:

1. Descanse para diminuir a fadiga e a dor na pelve, parte interna da coxa e virilha.

2. Controle os movimentos do seu bebê “Controlando os chutes”.

3. Alivie a irritação da pele devido a transpiração aplicando loções e talcos e mantendo a área pélvica e a área abaixo dos seus seios limpas e secas.

4. Tome precauções para evitar desmaios, deduza as inchações (edemas) em suas mãos e pés e previna ou minimize os efeitos das veias varicosas.

5. Evite vazamento da bexiga e controle o fôlego curto.

6. Alivie a dor e a sensibilidade na área das costelas logo abaixo do seios.

7. Mude de posição para aliviar sensações de pressão quando estiver deitada.

8. Acrescente mais 300 calorias diárias á sua dieta durante esses últimos meses de gravidez.

9. Consulte imediatamente seu médico se tiver fortes dores de cabeça, visão borrada, súbito aumento de peso, inchação forte nas mãos, pés, tornozelos ou rosto, ou irritação vaginal e mudança nos corrimentos.

10. Converse com seu médico antes de fazer planos de viagem aérea ou viagens longas.


OITAVO MÊS LUNAR ---> O QUE VOCÊ DEVE FAZER ESTE MÊS:

1. Continue com sua dieta balanceada, certifique-se que sua ingestão de cálcio é suficiente.

2. Adapte-se ao seu corpo cada vez mais desajeitado, andando devagar e atentamente.

3. Reduza as dores nas costas e no abdome não ficando muito em pé, evitando o esforço e o cansaço e aplicando calor.

4. Observe as contrações BRAXTON-HICKS mais freqüentes a medida que seu útero se prepara para o parto.

5. Evite câimbras nas pernas e reduza os edemas.

6. Observe alguma saída de “pré leite” de seus seios.

7. Evite ou minimize a prisão de ventre.

8. Alivie a coceira e irritação da pele, nadando ou aplicando loção nas áreas afetadas.

9. Evite longa viagens de carros (nesse ponto da gravidez, é melhor evitar qualquer viagem)

10. Previna tontura, dores de cabeça e fraqueza.


NONO MÊS LUNAR ---> O QUE VOCÊ DEVE FAZER ESTE MÊS:

1. Coma, ainda que você não esteja especialmente com fome. Saiba que perda de peso neste mês é comum.

2. Reconheça as flutuações no nível de energia – cansaço alternado com explosões de atividade.

3. Preveja um aumento em seu desconforto á medida que o bebê muda de posição, fique consciente que a pressão em sua cérvice pode provocar um pouco de corrimento.

4. Previna câimbras nas pernas, descansando e levantando as pernas.

5. Prepare-se para o parto: Certifique-se de que tem provisões e roupas para o bebê, comece a estocar o congelador com alimentos fáceis de preparar, coloque uma agenda de telefones de emergência em um local conveniente.

6. Tente levantar ou caminhar quando estiver tendo contrações.

7. Continue caminhando para fazer exercícios e pratique seus exercícios de respiração e relaxamento para reduzir a dor física e a tensão.

8. Leia livros, blog, ou matérias sobre a maternidade e sobre crianças .

9. Observe sinais de trabalho de parto.


A GRAVIDEZ NORMAL DURA 9 MESES LUNARES.
O DÉCIMO MÊS LUNAR COMEÇA NA SEMANA 37.

DICAS PARA AS GESTANTES ---- Do primeiro mês lunar ao quinto mês lunar.

PRIMEIRO MÊS LUNAR ---> O QUE VOCÊ DEVE FAZER ESTE MÊS:

1. Tenha uma dieta bem equilibrada com refeições leves e freqüentes e beba muito liquido.

2. Certifique-se de receber 74-78 gramas de proteínas por dia e bastante cálcio.

3. Evite alimentos que causem indigestão, azia, inchaço ou outros desconfortos.

4. Evite álcool.

5. Descanse bastante.

6. Exercite-se moderadamente.

7. Urine quando sentir necessidades.

8. Controle a náusea e perturbações digestivas, através dos próprios alimentos ou com remédios naturais ou especiais para a gravidez

9. Escolha um medico e consulte-o se tiver sangramento vaginal, cólicas do tipo menstrual e dor na parte de baixa do abdome.

SEGUNDO MÊS LUNAR ---> O QUE VOCÊ DEVE FAZER ESTE MÊS:

1. Inclua ácido fólico suficiente em sua dieta para sustentar o desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso do seu bebe.

2. Beba pelo menos dois litros e meio de água por dia, e mantenha uma dieta bem balanceada.

3. Exercite-se para fortalecer os músculos de sua pélvis e melhorar sua saúde geral.

4. Umedeça a pele seca; Mantenha limpa a pela oleosa.

5. Previna as veias varicosas e minimize os seus sintomas.

6. Inclua em suas dietas vitaminas B5, B12, ácido fólico e ferro suficiente para sustentar o aumento do volume do sangue produzido por seu organismo.

7. Evite a caída dos seios, usando sutiãs firmes e exercitando os músculos do peito.

8. Descanse bastante.

9. Coma alimentos leves antes de deitar a noite e aumente o consumo de açúcar para evitar enjôos matinais.

10. Evite o consumo de álcool e limite o consumo de cafeína.



TERCEIRO MÊS LUNAR ---> O QUE VOCÊ DEVE FAZER ESTE MÊS:

1. Continue a se alimentar bem, beba bastante liquido, descanse bem e urine sempre que sentir vontade.

2. Consuma ferro suficiente em sua dieta diária para suportar as mudanças de volume do sangue e o desenvolvimento das células vermelhas.

3. Continue a se exercitar moderadamente, mais evite choques no útero.

4. Cuide para não engordar demais.

5. Evite lugares onde haja alguém fumando, continue a não beber álcool e nem usar drogas.

6. Evite ou minimize as varizes, enjôos matinais e prisão de ventre.

7. Minimize a possibilidade de ter estrias, conservando sua pelo tonificada e ganhando peso gradualmente.

8. Evite tonturas e fraquezas, mudando devagar de posição, especialmente se você tiver deitada, e renuncie a banhos quentes e saunas.

9. Saiba que você pode sentir os movimentos do bebê a qualquer momento a partir de agora.

10. Consulte seu medico se tiver qualquer mudança nas secreções vaginais.

11.Não tome nenhum remédio (para dor de cabeça etc) sem a aprovação do seu medico.


QUATO MÊS LUNAR ---> O QUE VOCÊ DEVE FAZER ESTE MÊS:

1. Coma, especialmente quando tiver apetite, e faça pequenas e freqüentes refeições baixas em gordura.

2. Continue a descansar bastante, beber bastante liquido e exercita-se com moderação.

3. Tenha suficiente vitamina C em sua dieta diária, pois a vitamina C não pode ser armazenada em seu organismo.

4. Tome precauções para evitar a prisão de ventre, urine quando sentir vontade.

5. Tome precauções para evitar ou minimizar veias varicosas e as dores nas costas.

6. Evite ou minimize as estrias em sua pele.

7. Mude lentamente de posição (especialmente quando for se levantar da cama) para evitar tonturas.

8. Evite engordar demais.

9. Informa seu medico se tiver febre ou qualquer doença.



QUINTO MÊS LUNAR ---> O QUE VOCÊ DEVE FAZER ESTE MÊS:

1. Evite se esforçar muito e siga as orientações para evitar dores nas costas.

2. Durma ou descanse do lado esquerdo, descanse sempre que se sentir cansada.

3. Use roupas longas e confortáveis.

4. Evite se aquecer demais, deixe o ar fresco circulando e evite fumaças poluidoras.

5. Consulte seu dentista se tiver muita dor na gengiva ou desconforto grande.

6. Previna infecções urinarias.

7. Previna a anemia por deficiência de ferro, incluindo ferro suficiente em sua dieta.

8. Mantenha estável o nível de açúcar em seu sangue, fazendo pequenas refeições freqüentes.

9. Previna câimbras nos pés e pernas e minimize os inchaços dos tornozelos, pés e mãos.

10. Previna hemorróidas, evitando a prisão de ventre.




BEIJOS A TODAS ... MÃE CORUJA

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

MEDO QUE VEM DO BERÇO - Se o bebe não é acolhido em suas necessidades, pode se tornar INSEGURO - Uma reação administrada pelo cérebro.

O medo e a insegurança são sentimentos que estão presentes desde a infância e nos acompanha por toda a vida. É uma vivência importante e essencial, pois permite que a gente avalie adequadamente os riscos e busque as melhores e mais seguras opções entre as que nos são oferecidas.
O cérebro da criança já esta estruturado desde o nascimento e possui estruturas responsáveis pelo aviso de alerta, sinalizando o perigo. Nesse contexto, a mais importante delas é o NÚCLEO AMÍDALA CEREBRAL (que não tem nada a ver com a amídala da garganta), ela funciona como uma sirene que avisas as outras regiões cerebrais que o perigo esta rondando. Uma pronta reação acontece, fazendo com que a criança se mobiliza para se proteger.
Imagine um bebe, um ser inteiramente dependente e que necessita alimentar-se para sobreviver, quando tem fome e sente ameaçada a sua sobrevivência, chora vigorosamente, movimentando pernas e braços, fica ruborizado (alertas emitidos pela amídala), avisando a quem cuida dele que precisa ser atendido. Imediatamente, a mão chega e lhe oferece o peito, acolhendo-o, alimentando-o e informando-lhe que esta por perto para acolhê-lo. Suas reações iniciais mais exageradas e pouco organizadas irão se tranqüilizando á medida eu a sucessão dos cuidados maternos e das mamadas for se repetindo. O medo inicial irá sendo substituído por um contato de confiança e pela segurança de que será atendido em suas necessidades, mesmo que tenha de esperar de finalizar algo que a mãe esteja fazendo (cuidar de outro filho, por exemplo), irá aprendendo com a frustração de não ser atendido de imediato, sabendo que, em seguida, ela irá cuidá-lo.
Essa vivência das frustrações iniciais permitirá um aprendizado ao bebê que lhe será útil para o resto da vida, mostrando-lhe que nem sempre terá o que solicita de imediato e que, muitas vezes, será preciso ser tolerante e esperar.


Quando esses vínculos iniciais não se estabelecem de modo adequado, seja por conta de um bebê nascido com um temperamento mais ansioso e ou um cuidado que não é continente para as suas aflições e “riscos ameaçadores” (por exemplo em caso de depressão materna), poderão instalar-se em seus circuitos cerebrais informações e memórias futuras que vão lhe trazer intranqüilidade diante de tomadas de decisão (provas escolares, escolha de um programa ou ir em um acampamento...), nessas circunstâncias, o medo e as inseguranças naturais serão substituídas por um clima ameaçador desproporcional, gerando sensação de desproteção e levando o pequeno e um desgaste emocional intenso.

Crianças com esses comportamentos nas varias idades necessitam de uma atenção cuidadosa de seus pais com o objetivo de conseguir compreender melhor seus próprios sentimentos.
Esclarecimentos tranqüilizadores serão oportunos e podem aliviar a ansiedade. Porém esses aconselhamentos nem sempre se mostrarão eficientes e duradouros, e as aflições persistirão. Por mais que explicações lógicas em relação a uma situação de medo sejam dadas á crianças, poderão ainda permanecer reações impulsivas , permeadas por insegurança e medos excessivo. Nessas circunstancias a terapia emocional será bem vinda.



Escrito por: Dr. Saul Cypel neurologista infantil

SEJAM BEM VINDOS ...


Olá ...




Esse blog tem a finalidade de unirmos tudo o que uma mãe precisa ou gostaria de saber, seja ela de primeira viagem, ou de muitas viagens ...

Desde o inicio, adorei ser mãe, mas também logo descobri que me tornar e não apenas ser mãe era muito mais difícil do que eu imaginava.
Embora todas as mamães aceitem certos aspectos da alteração de prioridades e quilos, havia outras mudanças nos relacionamentos, no estilo de vida, foco e em nossa alma que não esperávamos e para as quais, muito menos, estávamos preparadas.
Muitas mamães planejam como querem que seja o parto, local, tipo, quem deve assistir, contudo quando realmente o trabalho de parto começa, as coisas raramente saem como planejamos, o trabalho de parto pode ser mais longo e complicado do que imaginamos ou tão rápido que mal temos a chance de pensar.
Tenho certeza que mesmo que lêssemos todos os livros ou blogs sobre esse assunto, podemos absorver conhecimento e informações, mais quando nosso bebezinho está em nossos braços, ainda todo sujinho, muita coisa muda.
Mesmo como professora de educação infantil, trabalhando com muitas crianças, bebes, adolescentes e pais, tendo milhares de primos e amigas com bebes, leitora de muitos livros sobre a gravidez, sobre crianças, sobre educação, ainda estava despreparada para o impacto que a gravidez teve em minha vida.

Então entrem e divirtam-se, tirem suas duvidas e conte-nos sobre as suas experiências.
Vamos nos ajudar ...

Beijos Mãe Coruja